segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

pode crer

Em Salvador, algo de mar.
Não sei se seus olhos,
ou se o verão começou mais cedo...
mas sei do vermelho, do rosa-amanhecer

sábado, 30 de outubro de 2010

Outro corpo, outras cores...

A poesia passa por mim agora, pelas imagens...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

...as asas confeitadas...

Asas complexas, asas de liberdade pesada. Asas doces, asas cobertas de açúcar.
Confeitadas, essas asas quase fortes sustentariam o desejo de um jovem para voar. Jovem de um olhar sinistro ao olhar no horizonte, mirar o mirante, mas de olhar singelo ao falar balbuciante sobre seus planos, nos outros palmos de terra.
Ele, aventurou-se no mar, e o sol era um segredo, ora escondia-se, ora aparecia forte.
Mas, uma coisa não notaram, na lua cheia, naquela luz daquela noite, a maré subiu, e as terras de que sabiam desapareceram naquele instante, e tudo, alagado!
Alagados estavam! O criador quase morreu, mas não perderiam assitir a busca infame daquele jovem naive, Voou longe, quebrada, derretetida asa, caiu sobre num monte de carretéis, e lá tingiu-se de preto.

sábado, 2 de outubro de 2010

Chá qualquer hora

Meio bagunçado lugar,
in-deciso champagne.
Não tão vermelho quanto uma gosta de suor, deitada em vime cru,
em vime nu, quase despedaçado
quase articulado lençol.
Diz: ânimo.
Sol forte, e uma coroa de rosas machucava sua cabeça
coroa disforme e sem exatidão,
quase não circular, abraçava-castanho
forte estranho, lençol,
amarrado numa pulseira levava Rapunzel.
Leva tempo, tempo, leva?
E tire tudo isso daqui, esse clichês,
este lugar, que bagunça!
Foto de Lolô!

sábado, 25 de setembro de 2010

escorredor de amigo

Hoje não gostei dos corredores
e eles são uma das poucas maneiras de se caber mais um quarto.
Um quarto,
com cama e retrato,
é mais uma maneira boa de receber um grande amigo.
O grande amigo,
retratado, abraçado,
é uma das poucas maneiras de receber a si mesmo.

domingo, 19 de setembro de 2010

"r" de uma vida

ainda bem que essa evolução não tem "r"
se tivesse não seria o que é
seria revolução
e não teria toda continuidade
mas, por outro lado, é bom
toda (des)continuidade
foto de Lorena Castiglioni

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Carta ao Léo...

Depois de lamentações sobre terceiros, Amigo Peter me disse hoje assim: Henrik, a gente está ao léu, a única coisa que você sabe é que está indo se encontrar com o seu irmão, mas depois disso você não sabe o que vai acontecer....

foto: Lorena Castiglioni

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

donzelas e virgindades

quando morremos não pedimos água antes
_ nem sentimos mais saudades de nós mesmos dos últimos cinco anos, ao menos
todo dia é passado
todo diz a diz
saudades
diz
dias a fio
dizem mais que a verdade
morrer é sempre uma virgindade quebrada e de última vez
é uma beleza de mentira, com espelho na mão, olhando nele...o que houve com o rosto que nasceu e que recebeu beijos, foram mãos e encostos nos outros...rostos
que dizem
que Deus quis assim...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Era, uma vez...

Hera, uma vez, ao descer do Olimpo se deparou com Geni e logo tratou de humilhá-la, torná-la menos importante que um escravo. Geni muito revoltada, gritava.
Andando mais em sua jornada rápida pelo desconforto da terra, ajudou inúmeros carregadores de lixo em São Paulo, como havia esquecido o cetro, carregou no próprio ombro a bagagem de um deles.

domingo, 2 de maio de 2010

Nós-outros

Elephant Gun
If I was young, I'd flee this town
I'd bury my dreams underground
As did I, we drink to die, we drink tonight

Far from home, elephant gun
Let's take them down one by one
We'll lay it down, it's not been found, it's not around

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the night

And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all
That I hide

Tradução para a nossa língua:

Arma De Caça
Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade
Enterraria meus sonhos debaixo da terra
Assim como eu, nós bebemos até morrer, nós bebemos essa noite

Longe de casa, com armas de caça
Vamos abatê-los um por um
Nós vamos derrubá-los, eles não foram encontrados, eles não estão aqui

Que comece a temporada - elas rolam como devem
Que comece a temporada - derrube o grande rei

Que comece a temporada - elas rolam como devem
Que comece a temporada - derrube o grande rei

E rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E rompe através da noite, a noite toda, toda a noite

E rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E rompe através do silêncio, tudo o que é deixado é tudo
O que eu escondo



Nós-outros

Olhinhos brilhando, mentes a mil, corações quase aflitos. As mãozinhas deles coçando para começar a traçar as diretrizes do encontro, já pensando em, mais tarde, bater pregos e levantar lonas, como os circenses nômades. São fixos-nômades reunindo em cada lugar diferente, em cada cidade diferente de sábado em sábado, Vila Velha ou Vitória hoje? Cada sábado é outro.
Barbudos, cabeludas, barbeados e loirinhas batendo boca e na mesa, já preparados para começar, para reiniciar, ou melhor, iniciar a cada dia um novo dia de dia-a-dia, reuniões de pautas para tratar daquilo tudo e grupos de trabalhos (GT’s) que são quase um P.A., de ficar ali escrevendo e desmanchando no papel, até encontrar a melhor solução para problemas da obra. Este canteiro de obras está no nível de, talvez, um estudo preliminar, que vai avançar até executar. É decidir o tema-conceito que norteará tudo, que conduzirá como uma cartilha conhecimento necessário para se construir uma cidade com sonhos, pf’s e banheiros. Uma cidade-máquina moderna com um robô para vigiar cada setor, não! Será um cidade multicolorida, cheia de formas e misturas abertas, uma cidade desmoldurada vista da rua e do mirante, da praia ou do morro.
Sonho de uma cidade-estudante, uma moldura sem fim para guardar uma forma urbana que se trasnforma, desenforma e se desmancha. Que cidade diferente como as outras é essa? De crescimento acelerado e de repente, de veias pulsantes de automóveis deslizantes? De patrimônio importante, de quantidade incipiente, de conservação quase inexistente? De que identidade cultural, de que panela de barro, de que casaca, de que ritmo, de que culinária? de que religião de que início? quando tudo começou? Está no início o ínício disso?

Vai Canela Verde, afunda o Titanic;


Henrik Carpanedo Lopes 11º e 7º período UFES.

http://www.henrikcl.blogspot.com/

segunda-feira, 5 de abril de 2010

sem teto

Teto, reto
cama, lama
quarto, relato.
Relatado, cama e quarto.
Reto, lento,
esperto, sentimento
outro, estreolhares.
Outros entreolhares no quarto.
Lento, sentimento sendo,
relatado no teto.
Teto, reto, cortina,
brilho, seda.
Cortina de seda.
Brilhante!
Idéia, vidro,
teto de vidro.
Reto, faca,
cortina cortada com faca.
Mão, pedra,
mão na faca,faca na cortina
pedra jogada.
Fala, pedra é fala,
faca, facada,
fala, palavra,
pulsa, facada
torta-palavra

(créditos da fotografia para a Shakira(Samira Proêza))

domingo, 17 de janeiro de 2010

Entre





















O caminho se colocava na linha dos seus passos mais rápidos
ao mesmo tempo em que era o mesmo de tempos
de sempre
colocava-se a vontade sobre seu corpo
óleo
olhos brilhantes
lances tocantes
tato, relato
auto-retrato!
Os sonhos se mostravam constantes sobres seus deitares mais calmos
na mesma textura dos lençóis em que deitava
quente
era uma lance diferente e deixava-se a vontade
seu peito, seu colo
seu toque
seu touro!
preparava corpo
preparava cheiro
preparava-se inteiro
tocava sopro
e do sopro
um vento fraco tocava a pele
sol forte deixava pele vermelha
sou forte e vermelha ela
Causava dor...
Logo, o sol causa dor
também o vento
que trás as coisas sem a gente pedir.


9Os créditos da fotografia, eu acho que vai pra Carol Ceccato!)