segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Luciana






















Sou bonita e me permito a qualquer tempo
Ando e leio livros
Não me intimido por qualquer vento
Sou mais uma tempestade
Sou eu quem inspira esses textos
E organizo do meu jeito
Tenho tento pra vida
Mas não tenho hora para dar...
Sou Geralda
E pela manhã
Brilho como uma esmeralda
...Pedra bonita,
Você come diamantes?
Ah, são deliciosos!
Como seria se em cada abacate
O caroço fosse um diamante?
O que seria de mim
Um abacate maduro
Carne macia, escorregadia
E um coração-carbono?
Esses textos não são sobre amor,
Pois são muito sobre mim.
Sou eu quem queima cada folha desses textos
-Deixo um outono literário-
Muitas canetas, braços e poucas folhas de papel
Para ser sujado de tinta de povo
Esse povo multicolor
Multipovoador
De novos braços, dedos e pontas finas famigeradas
Por cor
Em cor
Povoe em mim!
Este corpo livre de minúcias de tratamento
que agüenta uma linda tsunami
um trator,os desejos de uma madame
uma dinamite!
mas eu sei
nem dinamite detrói um diamante!
E aqui
Derretida, espremida
nessa casa cheia de moscas
Pronta para receber
Qualquer dessas mordidas
Espero anciosa o momento e
Com sangue na boca
De alguma saudade
Por alguma bobagem
Bate
um carbono-coração