sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

cais

Não era tarde demais
eram apenas 5
da madrudaga?
não que fosse mas parecia
a confusão em direção
a felicidade
ia
mesmo que nunca esteve
sem destino
ela sumia
numa paisagem sortida de poeira e névoa
algo acontecia
detinha dentro de si o controle do destino
era trágico!
Cisco no olho
que chora!
A vida presa no pensar presente para o futuro
Faz aspereza na boca
que sede

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Turma

desde que eu coloquei um xaxim no meu jardim
o ar xibento da amizade chega e me faz recordar
mas achei melhor uma samambaia
oh Suzana, oh Suzana, oh Suzana vc é 10 reais
10 reais!
o mesmo 10 reais que prefiro dar antes a intimidade!
(dê 10 reais, mas não dê intimidade)
oh Xiba, como és linda
gostosa mesmo
o André e o Bruno sabem muito bem disso!
Iza colocou uma calcinha grandona e se exibiu pro dalcimar
A Luciana é rosa
e a Rosa florece no mais puro cafezal!
rá!
Amandandaradaraô!
povo das antigas ... bjos
o futuro é nosso!
bjos para a deusa!!!!!
Que o amor mantén com um sabugo de milho

sábado, 9 de fevereiro de 2008

azul com amarelo, sem nenhum brilho, preto

Vedes
brilhando medo pelo mar
seus olhos verdes
pairam azuis no horizonte
e vedes!
A alegria em sentir-se cego
Os verdes
focados no negro do nada atraidor
desencandador
há uma esperança
a sorte em acreditar que o impossível possibilitará...
ainda vedes?
pensa na desordem
ao contrário
no calar no momento
claramente
pestanejando em concluir
tomará a melhor decisão?

A peneira tem "i"; a luz não, já retirei

Não canso de tirar os ‘pingos” dos “is”
e nem de tapar o sol com uma peneira
Mesmo que de nada adiantaria
não paro de reclamar pelo leite derramado
vivo da insanidade trazida da rua de fora da casa
e a calçada sente meus passos todos os dias no escuro...
Eu corro durante os últimos minutos do dia
e não faço!
Deveria me concentrar em ir mais devagar
mesmo pensando em chegar mais rápido
mas no último instante
quando tudo vem a tona e o dia torna-se noite
com alguma porção de luz vinda de uma fresta
as coisas parecem ter sentido
e a fresta é um buraco aberto pelo carbono no meu sono
que o barulho do trem tirou
mas logo a estação mais próxima começa funcionar
e não pensaria duas vezes em acordar da minha insônia
... ir para onde é tudo maravilhoso
o país das maravilhas
onde o olho brilha
a nuvem é branca e o vento é brisa
buraco de onde passa o sol é bem maior
é gigante
é de perder a vista
a moldura não é dourada e nem prateada, é pura casca dura
lá não tem nenhum asfalto
a bicicleta é o caminhão e você o avião
a estrada é sobre você!
lá nada é errado e relatado
a democracia não é mera demagogia, folha rasgadas por bocas de poucos
lá você anda nua com suas roupas
lindas suas roupas
lá não há roupa e nem peneira
só luz
luz